Retração, de 1% na comparação com abril, é a segunda consecutiva no comércio varejista
As vendas do comércio varejista registraram queda de 1% em maio se comparado a abril. É a segunda retração consecutiva do índice, que havia apresentado recuo de 0,1% em abril. Os dados do setor estão na PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), produzida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgada na última sexta-feira (14).
O levantamento mostra que também houve recuo em relação a maio do ano passado, também de 1%. Mesmo com a queda, o segmento acumula alta de 1,3% no ano, além de 0,8% em 12 meses. Quatro atividades analisadas puxaram a retração de abril para maio, quais sejam, tecidos, vestuário e calçados, com queda de 3,3%; hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com diminuição de 3,2%; outros artigos de uso pessoal e doméstico, com baixa de 2,3%; e móveis e eletrodomésticos, com recuo de 0,7%.
Na outra ponta, quatro atividades apresentaram crescimento. São elas artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com alta de 2,3%; livros, jornais, revistas e papelaria, com aumento de 1,7%; combustíveis e lubrificantes, com elevação de 1,4%; e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com acréscimo de 1,1%.
A receita nominal, que é a diferença entre receitas e despesas totais no exercício, registrou recuo de 2,1% de abril para maio. Mas mostrou crescimento na comparação com o mesmo período do ano passado, de 0,3%, além de aumento também no acumulado do ano, de 5,5%, e no acumulado de 12 meses, de 9,6%.
O varejo ampliado, que reúne ao setor de varejo o comércio de veículos e motos, partes e peças e de material de construção, apresentou queda de 1,1% de abril para maio. O segmento de veículos, motos, partes e peças cresceu 2,1%, mas o ramo de materiais de construção caiu 0,9%.
O setor teve crescimento de 3% em relação a maio, e aumento de 3,1% no acumulado do ano, além de alta de 0,2% no acumulado de 12 meses. Já a receita nominal recuou 0,6% se comparado a abril e cresceu 5,7% em relação a maio do ano passado, 8,3% no acumulado do ano e 9,4% no acumulado de 12 meses.
ESTADOS
As vendas no comércio varejista apresentaram queda em 23 dos 26 Estados mais o Distrito Federal na série com ajuste sazonal. Os maiores destaques negativos foram Alagoas, com queda de 5,9%; Rondônia, com recuo de 5,3%; e Paraíba, com diminuição de 4,6%.
Por outro lado, Tocantins, com aumento de 1,8%; Maranhão e Minas Gerais, ambos com crescimento de 0,4%, foram os destaques positivos.
Já o comércio varejista ampliado registrou resultados negativos em 22 Estados. As amiores quedas foram no Mato Grosso do Sul, de 7%; Maranhão, de 4,8%; e Minas Gerais, de 4,7%. E cinco ficaram positivos, com destaque para Pará, de 5,8%, Ceará, de 2,3%; e Amazonas, de 1,9%.
Se a comparação for ano a ano, as vendas no comércio varejista caíram em 11 dos 27 entes da federação. Os destaques negativos foram Rio Grande do Sul, com 4,8%; Rondônia, com 4,6%; e Piauí, com 4,5%. Já os crescimentos foram verificados em 16 entes federados. Tocantins, com 7,1% de aumento; Maranhão, com 12,2%; e Mato Grosso, com 6,0, ficaram com o maior destaque.
Por fim, o comércio varejista ampliado teve crescimento em 19 dos 26 Estados mais o Distrito Fedral, com destaque para Tocantins, com alta de 19,4%; Pará, com 15,7%; e Bahia, com 11,5%. Na outra ponta, Mato Grosso do Sul, com queda de 14%), Distrito Federal, com recuo de 4,4%; e Goiás, com retração de 3,8%, figuram entre os destaques negativos.