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Brasil atinge a marca de 1.729 cervejarias registradas

Alta, de 11,6%, faz com que uma a cada oito cidades conte com um estabelecimento registrado  

O Anuário da Cerveja mostra que esse setor segue crescendo no Brasil. O número de estabelecimentos da bebida aumentou 11,6% em 2022 na comparação com o ano anterior, com a abertura de 180 novas cervejarias, atingindo a marca de 1.729 estabelecimentos desse segmento. O documento é elaborado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e foi divulgado na última quarta-feira (5).

Minas Gerais foi maior destaque, com aumento de 33 cervejarias registradas, o que fez o Estado pular para a terceira colocação no ranking, superando Santa Catarina. A primeira posição pertence a São Paulo, com 387 cervejarias registradas, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 310 estabelecimentos.

No outro extremo da tabela, Acre, Amapá e Roraima permanecem como as únicas unidades federativas que possuem somente um município que tem um único registro de cervejaria.

Na distribuição por regiões, o levantamento mostra que continua a tendência de concentração de cervejarias no Sudeste, região que concentra 798 estabelecimentos registrados, número que representa 46,2% do total de cervejarias no Brasil. As outras regiões, a Sul concentra 39,7%; a Nordeste tem 6,9% dos estabelecimentos; a Centro-Oeste, 5,1% e a Norte, 2,1%.

A região Norte foi a que apresentou o maior crescimento relativo. Apesar de contar somente com 36 cervejarias, foi observado aumento de 20% no número de estabelecimentos registrados em relação a 2021.

O levantamento do Mapa também revela que aumentou o número de municípios com pelo menos um estabelecimento do tipo. Com a alta, sobem para 722 os municípios brasileiros que têm pelo menos uma cervejaria. “O que representa um aumento da dispersão em 7,4% se comparado a 2021, quando havia ao menos uma cervejaria em 672 municípios brasileiros”, informa a pasta. Ou seja, um a cada grupo de oito cidades conta com uma cervejaria registrada no Mapa.  

MERCADO

Terceiro maior produtor da “loira gelada”, “véu de noiva”, “canela de pedreiro”, “ceva”, entre outros apelidos, o Brasil fica atrás somente da China e dos Estados Unidos. Conforme o Mapa, o País deve alcançar, ainda neste ano, a venda de 16,1 milhões de litros, alta de 4,5% em relação ao no passado. 

Para Márcio Maciel, presidente do Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja), os números comprovam o potencial do mercado do segmento no País, que demonstrou evolução, mesmo enfrentando cenário econômico desafiador, com taxa de juros expectativa de inflação altas.

“A cadeia produtiva da cerveja contribui com mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos e geração de 2% do Produto Interno Bruto Nacional. Para cada emprego em uma cervejaria são criados 34 novos postos de trabalho em toda a cadeia produtiva, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas para o Sindicerv. Em números, a cadeia gera mais de R$ 27 bilhões em salários e é responsável por mais de R$ 49,6 bilhões de tributos por ano, sendo um dos principais colaboradores para o crescimento do Brasil”, disse ele ao portal do sindicato em relação a 2022. 

Ainda de acordo com o Mapa, o ramo cervejeiro gera aproximadamente 42 mil empregos diretos. Desse total, 57,8% estão na região Sudeste, seguida por Nordeste, com 16,8%, Sul, com 14,7%. Na sequência vêm Centro-Oeste, com 7,1%; e Norte, com apenas 3,7%.

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