Segundo o especialista em recuperação judicial, Douglas Duek, estes fundos fazem um trabalho mais artesanal e procuram entender mais a fundo as necessidades e problemas das empresas, por isso o crescimento tende a ser cada vez maior.
São Paulo – Em momento de crise, como este atual momento que o Brasil e mundo enfrentam, automaticamente nos deparamos com aumentos de juros e inadimplência. Em paralelo a isso, os fundos alternativos se tornam cada vez mais protagonista uma vez que, ao contrário dos grandes bancos que, muitas vezes, não querem ser o único credor de uma empresa, seguem crescendo como fundos de refinanciamento de dívidas que, conforme a garantia, podem receber um cliente que está inadimplente a um banco, pagar todas as dívidas e trabalhar o refinanciamento das dívidas com prazos mais alongados que o próprio credor, de forma mais estressada, não tem mais interesse. Esses fundos foram turbinados pela crise e pela pandemia.
Para Douglas Duek, CEO da Quist Investimentos – um desses fundos ativos no Brasil, existe muita liquidez no mercado e muitos fundos com caixa, como a Quist Investimentos, estão buscando este tipo de reestruturação, onde eles conseguem dar prazos de três, quatro, cinco e até seis anos para pagar dívidas que, antigamente, estavam pendentes ou estavam em curto prazo, que o próprio credor não tem interesse em alongar mais.
“Quando o cliente tem um imóvel para dar de garantia, fica muito interessante pagar todas as dívidas e refinanciar com esse novo e único parceiro. Esta é, inclusive, uma solução para empresas que estão pensando em recuperação judicial”, destaca Douglas.
O especialista reitera que estes fundos, também conhecidos no mercado como fundos de Special Situations, fazem um trabalho mais artesanal, entendendo de dentro para fora a empresa, mais profundamente do que faria um banco, por isso, acabam tomando riscos maiores, em situação que bancos normais não entrariam, tornando-se assim grandes parceiros das empresas.
“O Special Situations faz parte de uma classe de investimentos alternativa que possibilita investidas que antes eram voltadas aos grandes bancos e que, nos últimos anos, foi se democratizando, chegando a investidores e fundos qualificados. É uma via de mão dupla! Essa estratégia de gestão de risco inclui carteiras diversificadas em graus de complexidade diferentes. Este tipo de fundo fornece capital para uma empresa problemática, gerando maior oportunidade de reestruturação financeira”, finaliza.
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